quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A Caça Começou




A nordeste da ilha Mujeres, no golfo do México, Veleiros do Atlântico patrulham as águas azuis.No ar, pairam fragatas, mergulhando aqui e ali para capturar uma refeição. Seguindo as aves, Anthony Mendillo, guia de pesca desportiva e perito em seguir veleiros do Atlântico, conduz o KeenM na direcção dos bandos de aves. Como esperado, um cardume com centenas de sardinelas desloca-se sob as aves, como se se tratasse de um só organismo. Dezenas de sombras orbitam em torno do baile dos peixes frenéticos: são os caçadores.
Os veleiros do Atlântico e as sardinelas são espécies migratórias e as suas populações estão bem distribuídas por vários oceanos. Entre Janeiro e Junho, porém, o Istiophorus platypterus e a Sardinella aurita encontram-se neste pedaço de mar. Para predadores e presas, a plataforma continental forma aqui um habitat ideal. Baixios ricos em plâncton, alimentados por rios que ali desaguam, vindos do continente, e correntes oceânicas que circulam entre Cuba e a península do lucatão são promessas de alimento abundante.
Torna-se evidente que os veleiros do Atlântico estão a reunir forças. Machos e fêmeas circundam as presas, empurrando o cardume e compactando-o. Cada empurrão é pontuado por uma exibição da barbatana dorsal, que aumenta mais de duas vezes o perfil do caçador.



Um clarão iridescente junto ao corpo, frequentemente com riscas azuis prateadas, contribui para o efeito. Células de pigmentos escuros denominadas melanóforos funcionam "como persianas venezianas", diz a neurobióloga Kerstin Fritsches. Em descanso, o animal parece pardo, mas "em períodos de stress, as células contraem o pigmento, expondo belíssimas cores metálicas na pele subjacente".
Os clarões podem servir como avisos a outros veleiros para se manterem à distância, ajudando a evitar colisões. "É um aviso importante, tendo em conta as maxilas superiores em forma de lança e as altas velocidades de circulação", explica Kerstin. Com efeito, as maxilas dos veleiros do Atlântico são afiadas como adagas. E contudo, apesar dos seus ataques velozes, são raros os relatos de veleiros empalados. Os peixes aparentemente revezam-se por turnos e, no meio do frenesi, ninguém perde um olho nem passa fome.
As sardinelas actuam também em sincronia. Detectando a proximidade e movimento, o cardume agita-se. Cada peixe é simultaneamente um líder e um seguidor. A massa desliza como uma esfera compacta, hipnotizando quem a observa. No entanto, nenhuma dança hipnótica consegue proteger as sardinelas, que se escondem numa massa contorcida sob o que quer que seja, até mesmo um mergulhador. O veleiro do Atlântico espera que a presa se exponha a uma distância suficiente para desferir um ataque. Assim que a caça reinicia, os predadores começam a encurralar, a esmagar e a engolir. Depois de uma corrida para limpar os restos, o jogo mortífero termina e o veleiro do Atlântico retira-se. Pouco depois, grandes quantidades de escamas luzidias de sardinela precipitam-se lentamente no azul.




National Geographic, Novembro 2008


Sugestão de Leitura : "O Velho e o Mar" de Ernest Hemingway

Este post fez-me lembrar numa sugestão de leitura. Li quando tinha a vossa idade este livro, primeiro em português e mais tarde na disciplina de inglês.


Nesta obra Ernest Hemingway fala de um pobre e velho pescador que há muito tempo não apanha peixe e anseia por “um dos grandes”. Sai para o mar com esse objectivo e, passado algum tempo, apanha o peixe cuja captura proporciona uma longa e empolgante história, recheada de situações perigosas e imprevistas. Com grande relevo, o autor retrata neste livro a astúcia e a grande persistência com que o protagonista leva a cabo a sua tarefa.

A parte mais interessante desta obra surge quando o pescador luta contra os tubarões para defender a sua conquista, porque é nessa altura que há mais acção e situações de maior perigo.
A parte mais interessante desta obra decorre quando o peixe reboca o barco durante vários dias e o velho faz muitas reflexões, como por exemplo, sobre a dignidade humana e dos animais.









7 comentários:

tiago disse...

Nós ficamos supreendidas como os peixes mudam de uma cor para outra tão facilmente.
Já vimos muitas imagens de cardumes gigantescos, mas nunca ouvimos uma descrição tão promenorizada como esta.

Joana Prata nº8
Márcia Andreia Morais nº10

MAFALDA disse...

Estes animais "Veleiros do Atlântico" adaptam-se facilmente ao habitat em que vivem, as águas são quentes e através da sua força e das suas barbatanas dorsais que aumentam o dobro do seu tamanho conseguem facilmente atacar as suas presas com as suas maxilas afiadas, são bastante velozes e geralmente atacam em conjunto para a sua sobrevivência.
A mudança da sua coloração ajuda a avisarem os outros predadores a manterem-se á distância.
São uma espécie de peixes bastante inteligentes para tentarem a sua sobrevivÊncia no seu habitat.
É como o livro "O Velho e o Mar", a dignidade do ser humano é como a dignidade dos animais, somos todos seres vivos!!!!

Mafalda Mata Ferreira
Nº9 - 8ºA

Anônimo disse...

Este é mais um exemplo de uma descrição de um animal, neste caso peixes, que se adaptam ao ambiente em que vivem tendo como objectivo a sua sobrevivência.
Através deste pequeno resumo do livro,"O Velho e o Mar", fiquei motivado para a sua leitura. Compreendi que o objectivo dos Homens é o mesmo que o dos animais, a sobrevivência.


Diogo Ribeiro
Nº12 8ºB

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Todas as espécies neste mundo lutam para sobreviverem... incluindo os humanos. O interessante é vermos como cada ser reage para sobreviver. Aí sim, se vê, que todos os seres são diferentes!

Carolina Guimarães Nº3 8ºA

Anônimo disse...

O " Veleiro do Mar" é um peixe que muda de cor para manter os predadores afastados, é uma característica absoluntamente perspicaz e surpreendente.

Alunos:

Catarina Andrês nº4 8ºA
Miguel Moutinho nº16 8ºA

Anônimo disse...

kjskdjskjd
nr. 45