quinta-feira, 30 de outubro de 2008

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A Caça Começou




A nordeste da ilha Mujeres, no golfo do México, Veleiros do Atlântico patrulham as águas azuis.No ar, pairam fragatas, mergulhando aqui e ali para capturar uma refeição. Seguindo as aves, Anthony Mendillo, guia de pesca desportiva e perito em seguir veleiros do Atlântico, conduz o KeenM na direcção dos bandos de aves. Como esperado, um cardume com centenas de sardinelas desloca-se sob as aves, como se se tratasse de um só organismo. Dezenas de sombras orbitam em torno do baile dos peixes frenéticos: são os caçadores.
Os veleiros do Atlântico e as sardinelas são espécies migratórias e as suas populações estão bem distribuídas por vários oceanos. Entre Janeiro e Junho, porém, o Istiophorus platypterus e a Sardinella aurita encontram-se neste pedaço de mar. Para predadores e presas, a plataforma continental forma aqui um habitat ideal. Baixios ricos em plâncton, alimentados por rios que ali desaguam, vindos do continente, e correntes oceânicas que circulam entre Cuba e a península do lucatão são promessas de alimento abundante.
Torna-se evidente que os veleiros do Atlântico estão a reunir forças. Machos e fêmeas circundam as presas, empurrando o cardume e compactando-o. Cada empurrão é pontuado por uma exibição da barbatana dorsal, que aumenta mais de duas vezes o perfil do caçador.



Um clarão iridescente junto ao corpo, frequentemente com riscas azuis prateadas, contribui para o efeito. Células de pigmentos escuros denominadas melanóforos funcionam "como persianas venezianas", diz a neurobióloga Kerstin Fritsches. Em descanso, o animal parece pardo, mas "em períodos de stress, as células contraem o pigmento, expondo belíssimas cores metálicas na pele subjacente".
Os clarões podem servir como avisos a outros veleiros para se manterem à distância, ajudando a evitar colisões. "É um aviso importante, tendo em conta as maxilas superiores em forma de lança e as altas velocidades de circulação", explica Kerstin. Com efeito, as maxilas dos veleiros do Atlântico são afiadas como adagas. E contudo, apesar dos seus ataques velozes, são raros os relatos de veleiros empalados. Os peixes aparentemente revezam-se por turnos e, no meio do frenesi, ninguém perde um olho nem passa fome.
As sardinelas actuam também em sincronia. Detectando a proximidade e movimento, o cardume agita-se. Cada peixe é simultaneamente um líder e um seguidor. A massa desliza como uma esfera compacta, hipnotizando quem a observa. No entanto, nenhuma dança hipnótica consegue proteger as sardinelas, que se escondem numa massa contorcida sob o que quer que seja, até mesmo um mergulhador. O veleiro do Atlântico espera que a presa se exponha a uma distância suficiente para desferir um ataque. Assim que a caça reinicia, os predadores começam a encurralar, a esmagar e a engolir. Depois de uma corrida para limpar os restos, o jogo mortífero termina e o veleiro do Atlântico retira-se. Pouco depois, grandes quantidades de escamas luzidias de sardinela precipitam-se lentamente no azul.




National Geographic, Novembro 2008


Sugestão de Leitura : "O Velho e o Mar" de Ernest Hemingway

Este post fez-me lembrar numa sugestão de leitura. Li quando tinha a vossa idade este livro, primeiro em português e mais tarde na disciplina de inglês.


Nesta obra Ernest Hemingway fala de um pobre e velho pescador que há muito tempo não apanha peixe e anseia por “um dos grandes”. Sai para o mar com esse objectivo e, passado algum tempo, apanha o peixe cuja captura proporciona uma longa e empolgante história, recheada de situações perigosas e imprevistas. Com grande relevo, o autor retrata neste livro a astúcia e a grande persistência com que o protagonista leva a cabo a sua tarefa.

A parte mais interessante desta obra surge quando o pescador luta contra os tubarões para defender a sua conquista, porque é nessa altura que há mais acção e situações de maior perigo.
A parte mais interessante desta obra decorre quando o peixe reboca o barco durante vários dias e o velho faz muitas reflexões, como por exemplo, sobre a dignidade humana e dos animais.









quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Formigas - Relações intra-específicas

As formigas, tal como os tubarões, não sofreram grandes modificações na sua forma e tamanho ao longo dos últimos 60 milhões de anos. O mesmo tipo de formigas que existe actualmente no nosso planeta, habitava o mundo dos famosos dinossáurios. Os paleontólogos têm descoberto mais fósseis de formigas que fósseis de qualquer outro insecto, parecendo indicar que as formigas têm sido uns colonizadores cheios de sucesso ao longo dos tempos.
As formigas são realmente animais extraordinários, algumas delas conseguem carregar objectos que têm um peso dez vezes superior ao seu próprio peso, enquanto outras chegam a carregar com objectos cinquenta vezes mais pesados. Muitas conseguem arrastar esses objectos por longas distâncias, subindo mesmo a árvores com eles. Se os seres humanos possuíssem tanta força, uma pessoa com 45 kg conseguiria carregar um pequeno automóvel durante aproximadamente 13 km, e depois subir a maior montanha do mundo ainda com o carro às costas. É obra!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Lição nr. 6 e 7 - Factores Bióticos


O material utillizado nas aulas pode ser consultado aqui
Os factores bióticos são as interacções que se estabelecem entre os seres vivos. As interacções podem ser intra-específicas, se os organismos forem da mesma espécie, ou interespecíficas, se ocorrerem entre seres vivos de espécies diferentes.


quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Lição 4 e 5 - Ecossistemas e Factores abióticos

Como é que os factores abióticos determinam diferentes ecossistemas?




Os factores abióticos não actuam isoladamente. A temperatura, a humidade, a Luz e outros factores interactuam, determinando o tipo de clima de uma dada região. A distribuição das diferentes espécies faz-se de acordo com o clima predominante, determinando assim os diferentes tipos de ecossistemas.
Portugal continental encontra-se numa zona de transição entre a região mediterrânica e a região temperada de influência atlântica. Estes factores climáticos e a diversidade de solos com origem nos mais diferentes afloramentos rochosos determinam uma grande variedade de paisagens ao longo do território.
Embora não existam hoje em Portugal "locais virgens" da acção do ser humano, devido à grande ocupação populacional, encontram-se ainda áreas que permitem saber qual era o coberto vegetal dominante - parte do ecossistema que mais marca a paisagem e determina as condições de vida da fauna.
A floresta autóctone dominante terá sido o carvalhal com árvores do género Quercus, onde se podiam observar facilmente mamíferos de grande porte, como veados.
Nos Açores e na Madeira, a temperatura amena e a elevada pluviosidade (com excepção da ilha de Porto Santo), associadas ao solo de origem vulcânica, determinaram as formações florestais típicas das ilhas atlânticas - laurissilva -, abrigando algumas espécies faunísticas, como o morcego dos Açores e a lagartixa da Madeira, além de uma avifauna diversificada.
Actualmente, quase toda a floresta autóctone portuguesa tem sido destruída pelos incêndios ou abatida para dar lugar à silvicultura intensiva. Também a maioria das zonas húmidas e costeiras têm sido ocupadas pela intensa urbanização.