segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Cheias em Portugal


Os rios no Sul de Portugal continental possuem escoamentos superfíciais inferiores aos rios localizados a Norte, mas contrastam pela sua maior irregularidade (o caudal nos anos mais chuvosos pode ser 100 a 240 vezes superior ao dos anos mais secos). Possuem uma estiagem mais longa, que pode atingir os seis meses.

As inundações que se formam são rápidas, altamente perigosas e asso­ciadas a um maior número de mortes. As cheias mais devastadoras em Portugal tendem a ocorrer em Novembro: em 1967, na região de Lisboa e Loures, em 1983,na região de Lisboa e Cascais, e, em 1997,no Alentejo e Algarve.


A cheia de 26 de Novembro de 1967 foi provocada por precipitações muito fortes e concentradas: num dia foram registados 159 mm de pre­cipitação, correspondendo a cerca de 1/5 da precipitação média anual, com um período de recorrência calculado em 500 anos! A cheia durou 12 horas e localizou-se na periferia de Lisboa, tendo morrido 700 pessoas, que habitavam principalmente áreas clandestinas implantadas nos leitos de cheia.
Todavia, também foram afectados alguns prédios que tinham sido construídos legalmente no leito de cheia e que ficaram com os andares térreos cheios de lama.

Em 1983, ocorreu uma nova cheia, menos intensa (registo de 10 mortes),tendo atingido particularmente Cascais. A causa foi a canalização subterrânea da ribeira das Vinhas que não foi capaz de drenar eficientemente o caudal de cheia.

Em 1997,ocorreram diversas cheias em Portugal, às quais se associaram movimentos de vertente em regiões do continente e arquipélago dos Açores e da Madeira. Morreram 40 pessoas, 29 das quais nos Açores, con­sequência de deslizamentos de terra que soterraram a Ribeira Quente. Ainda em 1997, no dia 26 de Outubro, em Monchique, registaram-se 274 mm de precipitação em 6 horas (1/5 da média anual e com cálculo de 1000 anos de recorrência), que provocaram cheias na pequena ribeira da Garganta. A elevada inclinação do leito, associada à intensa precipitação e à canalização da ribeira que atravessa a cidade de Monchique, provoca­ram o agravamento da cheia com avultadas perdas materiais. Como podemos constatar, as graves consequências destas cheias foram agravadas pela actividade humana, responsável pelo deficiente ordenamento do território, uma vez que deveria impedir a constru­ção em zonas de risco geológico.

A construção de barragens tem permitido regularizar os caudais de vários rios, evitando muitas cheias.


Texto adaptado do manual escolar - 11º ano, Edições Asa

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Perturbações no equilíbrio dos ecossistemas - Parte 1


Perturbações no equilíbrio dos ecossistemas


Nos ecossistemas, as comunidades alteram constantemente as condições ambientais, podendo tornar o ambiente menos favorável para algumas populações. Em consequência dessas alterações, estas populações podem ir sendo ordenadamente substituídas por outras que se adaptam melhor às novas condições.


As catástrofes são acontecimentos inesperados que causam grandes prejuízos materiais e/ou humanos. São inúmeros os acontecimentos catastróficos que assolam o nosso planeta.

Uns são originados directamente pelo Homem enquanto que outros são acontecimentos naturais que apesar de evidenciarem o dinamismo do nosso planeta, causam danos muitas vezes irreparáveis.

Causas das perturbações no equilíbrio dos ecossistemas
As catástrofes provocadas pela intervenção do Homem podem ser decisivas na modificação dos ecossistemas, provocando muitas vezes desequilíbrios ou até rupturas; o mesmo acontece quando ocorrem catástrofes naturais.

Catástrofes Naturais são acidentes que ocorrem sem a intervenção do Homem.

Sismos e Vulcões: tremores de terra e erupções vulcânicas podem, pela sua violência, alterar os ecossistemas, incluindo a população humana. Constituem um dos mais evidentes riscos naturais.

Monte Santa Helena - E.U.A

Catástrofe do Krakatoa (Indonésia)

Tempestades: perturbações da atmosfera caracterizadas por chuva intensa, vento e trovoada, podendo ocorrer a formação de tufões, tornados e furacões.

Inundações: grande quantidade de água acumulada pode causar graves danos, como, por exemplo, chuvas diluvianas e subida do nível das águas dos grandes rios, que, transpondo as margens, têm grande poder destrutivo.

Incêndios: provocados por descargas eléctricas de trovoadas e combustões espontâneas, afectam todo o ecossistema.

Secas: diminuição da água das chuvas, da qual resulta, por exemplo, a desertificação.

Todo o material utilizado neste Tema